Cidade ,Cultura , Espaço Público e Experiência

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Cidade e Cultura Espaço Público E Experiência

Oskar Negt
Penso que existe hoje na sociedade, universalmente, um cer­to tipo de crise erosiva: valores antigos, já não possuem a validade de outrora e ao mesmo tem o há uma procura por novos valores que ainda não existem. Em outras palavras estamos num mundo que se encontra num intenso movimento de procura. Esse princí­pio se aplica a todos os países, não só aos europeus. Estamos, por­tanto, num mundo intermediário, como aquele que o sociólogo francês Durkheim definiu como um vácuo moral. Nesse vácuo moral se movem muitas pessoas que não têm uma noção clara do que seja certo e do que seja errado.

Vida e Cultura Urbana
Barbara Freitag-Rouanet

Cidades sem Cultura representam uma contradição. É impossível conceber uma cidade sem criatividade autenticidade cultural em todos os campos, o literário, o arquitetônico, o estético(artes plásticas,pintura,musica,etc..)aspectos relevantes do código tradicional.Se for possível salvar valores da velha cultura, não os abandonar, não ignorar esses valores, mas incorporá-los a uma nova forma, em uma nova simbiose,um novo sincretismo emergindo em espaços urbanos privilegiados, a sociedade brasileira, em sua simbiose de culturas, de etnias, de religiões, já criou uma estrutura urbana nova na qual novas formas de vida, de convivialidade,de civilização e de cidadania podem desenvolver-se.

O Desafio das Tecnologias á Cultura Democrática
Nicolau Sevcenko

E preciso construir um pensamento que reformule o novo patamar tecnológico para poder interagir com eficácia nesse novo contexto. A chama­da globalização não é necessariamente um problema, desde que se possa compreender os seus potenciais e redireciona-los para contemplar os anseios mais amplos da sociedade Nesse sentido, se por um lado, há um enfraquecimento do Estado, por outro. É necessário que de fato os Estados saltem para um outro patamar e passem a atuar num conserto transnacional, buscando unia nova capacidade regulada de âmbito mundial para compensar o que perderam no seu âmbito local, para que possa confrontar num novo contexto com força o campo de ação global das grandes cor­porações. Seria necessário que a sociedade e suas associações ci­vis atuassem também em coordenação internacional.Isso sugere uma tática política em dois níveis.Primeiro juntar forças com outras sociedades de passado colonial, e em colaboração com ONGs, com órgãos internacionais e grupos de pressão pró-compensação,forçar as potencias a redimir as desigualdades misérias e degradações que causaram, para que elas regulem a voracidade das suas corporações ed de seus especuladores.

ESPAÇO E PODER
tradução DE HELOÍSA BUARQUE DE Holanda

MICHEL FOUCAULT: Não acho que seja possível dizer que algo seja da ordem da “liberação” ou a ordem da “opressão”. Há, por exemplo, um certo número de afirmações que podemos fazer com segurança sobre um campo de concentração, no sentido de que um campo de concentração não é um campo de liberação. A liberdade é uma prática. Assim, de fato, sempre haverá um certo número de projetos cujo objetivo é modificar situações
opressivas, atenuá-las, ou mesmo mudá-las. Entretanto, nenhum destes projetos pode, por sua própria natureza, garantir que a liberdade será conquistada automaticamente ou que a
liberdade será conquistada por um projeto em si. A liberdade dos homens não é jamais
assegurada pelas instituições ou leis que o pretendem garanti-la. É por esta razão que quase
todas as leis e instituições podem ser subvertidas. Não porque sejam ambíguas, mas
simplesmente porque liberdade é aquilo que deve ser praticado.

Michael Certeau/Andando na Cidade /Revista do Patrimônio

O World Trade Center é apenas a figura mais grandiosa do desenvolvimento urbano ocidental.A atopia-utopia do conhecimento ótico há muito teve a ambição de ultrapassar e articular as contradições emergente da aglomeração ou acumulação humanas.”A cidade é um imenso mosteiro”, disse Erasmo.A visão em perspectiva e visão prospectiva constituem uma projeção dupla de um passado opaco e um futuro incerto numa superfície com a qual se pode lidar.Elas inauguram (no século XVI?) a transformação do fato urbano no conceito dar origem a uma figura particular de história,ele assume que se pode lidar com esse fato como uma unidade determinada pela urbanística.Ligar a cidade ao conceito nunca os torna idênticos,mas tira proveito da progressiva simbiose deles: planejar uma cidade é tanto pensar a própria pluralidade do real quanto efetivar essa maneira de pensar o plural; é saber como articula-lo e ser capaz de faze-lo….

Em 11 de setembro o World Trade Center desapareceu…Diante dos olhos do mundo a partir daí…Algo mudou…. grifo nosso

Imagens da cidade
A imagem da cidade depende de sua forma de crescimento que pode ser caótico ou ordenado, e isso se reflete também de modo extraordinário no modo de vida das pessoas, que precisam reconhecer-se naquilo que vêem.Václav Havel escritor checo disse: A falta de interesse pelas fachadas, pela imagem da cidade,é um elemento erosivo que corroi também os ser humano por dentro. Uma cidade sem justiça eqüitativa pode ter a beleza que quiser, nunca será capaz de desenvolver uma cultura verda­deiramente urbana. Pessoas que prejudicam a comunidade ou que a relegam ao abandono acabam prejudicando a si mesmas, en­trando elas próprias numa espécie de processo de deterioração. Por isso atribuo à comunidade urbana tanta importância para o desenvolvimento cultural

Cidade
Sai a rua e Vi pessoas tão cinzas E os mecanismos na cidade cinza e Olhei para o céu, vi pássaros no Domínio do azul e Pedi para os outros olharem Mas não puderam, pois seus Olhos estão cheios do cinza Sentei na calçada E chorei pelas pessoas que… Haviam perdido a côr da vida O que podia fazer para mostrar Aquelas pessoas nada, nada Era só isto que valia para elas Então cantei, pedi, ajuda?
Até que uma ave pousou ao meu lado
_ não adianta
Esta tudo aí, só vê quem tem colorido no coração e na vida.

Geraldo Costa

Este programa é dedicado a todos os funcionários públicos e professores da UFRGS e aos aposentados que são reféns da reforma da previdência social.

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