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HISTORIAS MUSICAIS
A música é chamada de spiritual por ser quase uma canção de inspiração do escravo negro. Embora às vezes o spiritual seja alegre e num andamento maisallegro com o chamado Shout (em português, “grito”), para a dança entre eles, grande parte dos spirituals tem um tom manso, num andamento “largo” e meditativo e, os negros, acorrentados, poderiam cantar sentados e a capella. Mas, a ideia do espiritual vem de uma raiz bíblica, das canções espirituais que podemos encontrar na leitura desta, com a menção de “Canções espirituais”.
“falando entre vós com salmos,
entoando e louvando de coração ao Senhor
com hinos e cânticos espirituais…”
O Spiritual dos Afro-americanos começou a surgir durante os anos da escravidão, que podem ir até bem antes da Revolução americana, de 1776, mas foi só por volta de 1860 que a música começou a ser publicada. Neste ano vários estados já haviam emancipado a escravidão.
Apesar da entonação religiosa o Spiritual dos Afro-americanos tinha, principalmente, uma função política objetivando o fim da escravidão. Nestas canções os abolicionistas e/ou escravos já libertos (a estes, normalmente, é atribuída a autoria de tais canções) inseriam códigos/expressões que mostravam aos escravos caminhos para sua fuga e, consequentemente, meios de localiza-los.
Abaixo, na canção Wade in the Water, vemos um claro exemplo desta entonação político abolicionista codificada em uma das muitas canções que mascaram a luta pela liberdade em versos que fazem referência ao cristianismo.
Kings Herald
Take 6
“A cidade e os elementos para uma história musical” tornou-se um projeto da Pró-Reitoria de Extensão (Prorext) com o nome de HISTÓRIAS MUSICAIS ação de extensão, com ênfase na temática cultural na Radio AM 1080 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O programa iniciou-se no dia 07/05/2003, apresentado sempre às quartas – feiras das 21:30hs ás 22:300hs.
Locução e Produção Geraldo Costa –
Operador da Mesa e Colaborador
Cleber Mendes